Novo caminho
A nova avenida teria 36 metros de largura
Grupo imobiliário propõe implantação de avenida alternativa para entrada e saída do balneário
Gustavo Mansur -
A expansão imobiliária no Laranjal levou empresários do setor a debaterem a criação de uma rota alternativa ao Laranjal. O projeto foi apresentado ao prefeito Eduardo Leite (PSDB), e à vice-prefeita Paula Mascarenhas (PPS). O governo vê com bons olhos a iniciativa, mas a construção de pontes sobre o arroio Pelotas é, hoje, um impedimento.
De acordo com o engenheiro Linomar Navarini, autor da proposta, o número de unidades residenciais em três empreendimentos em construção no balneário deve chegar a quase 1,6 mil. O aumento no fluxo para a região preocupa. Hoje, o acesso é feito apenas pela avenida Adolfo Fetter. “No fim de semana, em caso de uma emergência, seria importante ter outra rota.”
A entrada para a via estaria localizada cerca de um quilômetro depois - em direção ao Barro Duro - da rótula entre as avenidas Adolfo Fetter e José Maria da Fontoura. Dali, seriam cinco quilômetros até o arroio Pelotas. A via desembocaria na Estrada da Granja (rota das Charqueadas).
O projeto original proposto ao governo apresentava uma linha reta, saindo mais longe, próximo ao Arco-Íris. No entanto, a prefeitura sugeriu o desvio para aproximar a via do bairro Areal.
A nova avenida, segundo Navarini, teria 36 metros de largura, com uma pista de doze metros de canteiro, semelhante ao encontrado hoje na Dom Joaquim, com espaço para caminhadas e uso de bicicletas. A estimativa de custo total da obra: entre R$ 7 e R$ 8 milhões. Mas não está incluso o valor de construção de duas pontes sobre o arroio.
Este foi o pedido feito por Navarini ao governo. “Precisamos que eles façam as pontes e viabilizem a obra dentro das normas da questão ambiental.” O custo estipulado para as duas pontes seria de R$ 2 milhões. Para o engenheiro, a população seria beneficiada pela melhoria no fluxo. Para os empresários, a avenida abriria mais espaço para construção de loteamentos na beira da via e chácaras às margens do arroio Pelotas.
Navarini não acredita que o projeto saia imediatamente do papel. Segundo ele, seria algo para ser concretizado entre quatro e seis anos, de acordo com a demanda do mercado imobiliário. “Mas havendo apoio total, podemos começar os trabalhos ainda neste ano.”
Questionada pela reportagem, a vice-prefeita afirmou que não há no momento nenhum projeto tramitando no governo, mas a ideia interessa. “Outro acesso é uma necessidade para Pelotas, já que a cidade cresce para aqueles lados.”
Ela salientou que não há como a prefeitura investir na construção das pontes neste momento, mas é possível fazer um esforço para encontrar parceiros, e montar ações. “Se houver interesse de mais empreendedores, estamos dispostos a tentar buscar estes recursos.”
O governo pediu aos representantes da Navarini Engenharia um projeto atendendo aos critérios do sistema viário da cidade. A Secretaria de Gestão da Cidade e Mobilidade Urbana (SGCMU) também avalia a proposta.
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